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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

INDIGNAÇÃO: COISA DE VELHO?




Muita gente esta acostumada  a usar o termo “é coisa de velho” para quem tem o hábito de indignar-se.
Outro dia li num desses sites dedicados ao público jovem, que classificam em “in” e “out” atitudes que ditam as regras de comportamento entre jovens e adolescentes e para meu espanto estava em negrito “out of order” (fora de moda): indignação.
Sem dúvida nenhuma indignei-me com o fato, pois, a indgnação é o que nos resta e o que comprova a vibração ainda dos novos valores éticos e da nossa autoconfiança. Sim, os que ainda conseguem se movimentar nessa revolta positiva, não só estão vivos, proativos e lúcidos como mantêm o respeito a si mesmo e avaliam a existência na qualidade que lhes é devida.
Quando paramos de nos indignar vamos, pouco a pouco perdendo a autoestima e o auto-respeito, assim como caímos na perigosa acomodação, aquela que não mais grita, que não mais revoluciona, que não mais apela para não ter trabalho, para não se comprometer e , principalmente, não ter que mudar nada em sua atitude e postura.
Essa alienação assustadora é o que permite a que os donos do poder façam o que quiser e não se preocupem com a repercussão. Contam com a memória fraca do povo brasileiro, com essa pseudocordialidade que esconde a total falta de atitudes, de uma postura definida. O que levanta leva tantos cientistas políticos a um questionamento crucial: não nos revoltamos por caráter ou falta dele?
É preciso indignar-se, sim, sempre que alguma coisa nos fere, nos ofende, nos agride. A par da necessária paciência, da imprescindível compreensão, do fundamental entendimento de que não somos iguais nem podemos cobrar isso dos outros.
Indignar-se não é coisa de velho, é de quem está vivo e preserva a existência humana.